sábado

Litha no H. Norte... Yule aqui...e São João !


Começamos a falar das comemorações de Litha...

Lindo texto de Mirella Faur...
- O SABBAT LITHA -
A CELEBRAÇÃO DO SOLSTÍCIO DE VERÃO NO HEMISFÉRIO NORTE
O solstício de verão era celebrado pelos antigos povos - principalmente os celtas, escandinavos e saxões - como o auge da trajetória anual do Sol. Neste dia, considerado o mais longo e claro do ano, o nascer e o pôr-do-sol alcançam seus pontos máximos ao norte da linha do horizonte, marcando o auge do verão.
As antigas culturas europeias começavam as celebrações ao nascer do Sol, no primeiro dia do signo de Câncer, saudando os Deuses Solares (Baldur, Lugh e Dagda) e as Deusas Solares(Grainne, Sunna, Sol, Sundy Mumi, Paivatar, Saule)) e continuavam com festejos, cantos e danças até a noite, quando eram acesas inúmeras fogueiras nas colinas e nos campos. Também era costume rolar colina abaixo uma roda de fogo, feita de galhos ou barris com piche, simbolizando o disco solar e purificando, em seu percurso, as vibrações negativas dos campos e lavouras. Tochas acesas eram carregadas em procissões para “limpar” as casas e aldeias, trazendo, assim, saúde e prosperidade. O gado também era passado por entre duas fogueiras acesas, afastando doenças e aumentando a fertilidade, enquanto casais de namorados pulavam juntos a fogueira para atrair e garantir a permanência e fidelidade de seu amor. As fogueiras permaneciam acesas por toda a noite e as pessoas dançavam ao seu redor, cantando e bebendo hidromel e vinho aromatizado com ervas solares.
Estas festividades, ditas pagãs (paganus sendo a palavra romana que designava o homem do campo), persistiram até a Idade Média, camufladas sob a forma de feiras - agrícolas, de artesanato, esportivas ou artísticas - para evitar a perseguição da Igreja. Até que, em 1985, o Grande Festival de Stonehenge foi proibido. Considerado uma continuação de uma antiga feira medieval - que por sua vez era a reminiscência das Celebrações Druidas - a participação pública neste evento foi proibida (devido à erosão do solo e ao vandalismo dos visitantes), sendo reservado apenas às Ordens e Círculos Druídicos atuais.Depois de ter ficado fechado por alguns anos, Stonehenge reabriu para o solstício de verão em 1999. O evento agora atrai mais de 20 mil visitantes que desejam ficar acordados para ver a alvorada lado a lado com os druidas vestidos de túnicas brancas. As pessoas se reunem durante a noite no círculo de menires para ver o sol subir em alinhamento com duas pedras no círculo externo e dançam ao som de tambores e músicas variadas. Ocasionalmente permite-se o aceso fora desta data com a devida supervisão para evitar estragos aos menires.
No momento do solstício recomenda-se fazer afirmações ou rituais para a saúde, justiça, sabedoria, verdade e paz. Segundo os Druidas, os primeiros raios do Sol nascente do dia do solstício de verão são a manifestação visível da descida do Espírito na matéria. O dia do solstício também é considerado favorável para o recolhimento de ervas, preparação de água cromodinamizada, confecção e imantação de talismãs e amuletos e oferecimento de cereais, agradecendo a luz solar ao Avô Sol e as dádivas da Mãe Terra.
A planta dedicada a este Sabbat é o hipericão (St. John’s Wort), que era colocado embaixo dos travesseiros para intensificar os sonhos ou, sob a forma de guirlandas, colocado no telhado das casas para atrair boa sorte. Como com a cristianização o deus Baldur foi sincretizado à figura de São João e as celebrações pagãs transformadas em festas juninas, pode-se usar o sincretismo e utilizar a erva de São João já que o hipericão não é cultivável no Brasil.
Na mitologia grega, nesta data a deusa Perséfone atingiu sua plenitude de mulher (celebrada no Sabbat Beltane, de 30 de abril) e entrou no labirinto que a levou ao mundo subterrâneo, reino de seu esposo Plutão e da deusa Hécate. Segundo a lenda, sua descida inicia-se à medida que a força do Sol declina e a luminosidade dos dias diminui (no hemisfério Norte).
Com o intuito de enriquecer sua vida moderna e tecnológica com o encanto dos antigos rituais, aproveite esta data e faça seu próprio ritual. Acorde cedo e, em jejum, saúde o Sol no momento exato em que ele se eleva acima da linha do horizonte, entoando - de acordo com a sua intuição - uma oração para um Deus ou Deusa Solar e pedindo saúde, sorte, sucesso nas suas realizações, luz para a mente dos governantes, paz ao seu redor e no mundo.
Olhe rapidamente para o disco solar, feche os olhos e inspire a energia dourada, trazendo-a para seu chacra solar. Em seguida, acenda uma vela dourada ou amarela e coloque-a em uma vasilha de vidro, despejando, depois, água mineral ao seu redor, cuidando para não apagar a vela. Toque um gongo ou sino, tome três goles de água mineral, expressando um desejo para cada gole. Medite, olhando a vela, sobre o que você precisa clarificar em sua vida, como se renovar ou fortalecer sua saúde. Apague a vela com os dedos (não assopre) e guarde-a para acendê-la quando se sentir enfraquecido ou desvitalizado. Despeje a água sobre a terra ou em um vaso de plantas como oferecimento à Mãe Terra.
Em seguida, defume sua casa e prepare água solarizada (água com uma drusa de cristais de rocha magnetizada com os raios solares). Coloque alguns galhos de erva de São João embaixo de seu travesseiro e peça aos Anjos e Deuses Solares que lhe enviem informações, intuições ou mensagens que lhe ajudem a fortalecer sua saúde, vitalidade e desempenho pessoal. E, ao participar de uma festa junina, lembre-se das antigas celebrações e pule sobre a fogueira para se purificar ou, junto a seu parceiro(a) ou companheiro(a) para reforçar os laços de amor.


Próxima postagem falaremos de Yule e de pois São João !!!

Um comentário:

Heloisa de Mesquita Inoue disse...

Lindo! Estou curiosa para saber do próximo post!você é de que lugar do Brasil? um bom inverno para você! Beijos!